Gabriel Back em seu estúdio

Biografia

Nascido em Porto Alegre no dia 18 de outubro de 2002 — curiosamente, o Dia do Pintor — Gabriel cresceu cercado por cores, formas e a vontade de transformar sentimentos em imagens. Autodidata, descobriu cedo que a pintura era sua forma mais genuína de expressão, um refúgio e, ao mesmo tempo, um espaço de descoberta. Seus pais foram os primeiros a perceber essa sensibilidade e incentivaram seus primeiros traços, criando um ambiente onde a arte sempre teve lugar.

O olhar que desenvolveu não busca apenas reproduzir o que está diante dos olhos, mas capturar a essência do que é sentido. Para ele, a arte está nos detalhes do cotidiano — na luz dourada que atravessa uma janela no fim da tarde, no ritmo silencioso de uma cidade que desperta, nas expressões que contam histórias sem precisar de palavras.

Atualmente, estuda Arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e sua formação permeia seu trabalho de maneira intuitiva. O estudo das formas, da composição e do espaço dialoga com sua arte, trazendo um equilíbrio entre estrutura e emoção. Acima de tudo, suas pinturas são movidas pelo instinto — pela necessidade de transformar o invisível em algo palpável, de dar cor a sentimentos que muitas vezes não têm nome.

Sua arte não se limita a um conceito fechado. Ela é aberta, expressiva e permite que cada espectador se conecte da sua própria maneira. No fim, são as emoções que criam essa conexão, e é na simplicidade do cotidiano que encontramos as histórias mais marcantes.

Processo Criativo

Meu processo criativo é um mergulho constante em experimentação e descoberta. Acredito que cada obra começa como um campo aberto, onde as cores se encontram até que, lentamente, começam a fazer sentido. Não há um plano rígido — apenas uma busca incessante por equilíbrio e harmonia entre os tons, as formas e os sentimentos que desejo evocar.

Ao criar cada nova obra, testo, misturo e sobreponho, buscando a melhor composição de cores que ressoe com a história que quero contar. Cada camada de tinta é uma nova tentativa, um novo caminho, até que, finalmente, as cores conversem entre si e transmitam a emoção que imagino.

Minha arte é impulsionada pela intuição, mas também pela reflexão constante sobre como as cores podem transformar um simples instante em algo profundo. Cada pintura é uma história, na qual as cores são palavras que não podem ser ditas.

Processo criativo em ação

Momentos do cotidiano

Sempre vi a arte como uma forma de capturar o invisível — aqueles sentimentos que não cabem em palavras, os instantes que passam despercebidos, mas que carregam toda a beleza do cotidiano.

Meu foco é retratar os momentos que a vida sussurra, aqueles instantes tão simples que costumam passar despercebidos. O sol filtrado pelas folhas, um vento leve balançando as cortinas, a expressão distraída de alguém que observa o mundo sem pressa. São cenas comuns, mas carregadas de histórias invisíveis, sentimentos que ecoam no silêncio.

Minha arte nasce daí: do ordinário transformado em extraordinário, de histórias que poderiam ser suas, minhas, de qualquer um que já sentiu a vida acontecendo sem pressa. Talvez essa arte desperte uma lembrança, um desejo ou apenas a vontade de olhar por mais alguns segundos.

Porque a beleza que realmente toca não está nas grandes cenas, mas nos detalhes que insistem em existir, esperando por quem saiba enxergá-los.

Assinatura Gabriel Back